Em meio ao caos vivido atualmente no mundo, seja pelos atentados à França, os bombardeios à Síria, as queimadas na Chapada Diamantina e a tragédia ecológica das barragens da Samarco, em Mariana-MG, eu senti necessidade de falar de algo que conheço um pouco, dada minha formação técnica, que é o Plano de Emergência.
Esse plano define protocolos de ação para quando uma crise surge. Os Planos são específicos para a o risco da atividade e engloba diversos atores participantes para contornar uma situação de crise a tempo. O caso da Samarco pode ser visto como uma crise que fugiu do controle, muito se fala em multas e ações que a empresa deve começar a tomar, mas nada ainda foi feito. Os dejetos de minério de ferro têm percorrido quilômetros de extensão fluvial e nenhuma barreira de contenção foi efetivamente montada para tentar conter esse lixo tóxico.
A Samarco não tinha um Plano de Emergência ou jamais se importou em colocá-lo em ação, através de simulados, para verificar suas falhas e deficiências, o que representa uma fraqueza sem tamanho dos órgãos públicos fiscalizadores (bem como a Prefeitura Municipal), das empresas responsáveis pela Samarco que são a BHP e a Vale, e a própria empresa.
O que temos que entender é todos somos responsáveis por nossa segurança e pela segurança do meio ambiente, pois sem ele não podemos existir. E devemos cobrar das empresas e autoridades o conhecimento sobre os perigos aos quais estamos expostos e não fazemos nem ideia. As empresas não podem se negar a divulgar isso informando que é algo confidencial, pois não é.
Se a Samarco tivesse um Plano de Emergência, já que não tomou todas as medidas de prevenção necessárias, as ações desenvolvidas por este plano poderiam ter reduzido no mínimo o impacto ambiental que permanece e permanecerá por muitos anos agredindo nosso meio ambiente. Um bom Plano diria quais as medidas imediatas a serem tomadas para controlar a crise nos primeiros 55 minutos do ocorrido, quais os atores da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Meio Ambiente e Saúde que deveriam estar em alerta e com papéis definidos para executar o protocolo de emergência.
Na minha cidade temos um Polo Petroquímico Industrial e este Polo possui seu próprio plano, cada empresa possui seu próprio plano também. Contudo, existe uma deficiência na comunicação desse conjunto de atores e por isso estamos articulando um Plano de Emergência para a Secretaria de Saúde para nós sabermos os protocolos a acionar em um caso de desastre químico, que é a nossa realidade.
Uma quarta-feira iluminada pra gente!
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Oi Barbara,
ResponderExcluirVejo que pra tudo temos que ter um plano de emergencia, ainda mais se falando em meio ambiente, natureza e pessoas
Big Beijos
Lulu
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