Minha visão sobre alguns Filmes

 SNIPER AMERICANO




Sniper Americano não é só um filme que fala da guerra dos Estados Unidos com um inimigo que eles criaram, nem apenas sobre a criação de indivíduos que acreditam que precisam derrotar esse inimigo.

Clint Eastwood, como sempre, nos permite transitar pela vida de um atirador do grupo de elite das forças armadas americanas, um SEAL, com atenção aos detalhes. É possível notar a importância que a vida daqueles homens teve não para o seu país, mas para eles mesmos e suas famílias. Em algum ponto o homem sempre se esquece dos motivos que o levaram a fazer tal coisa, mas não o Chris Kyle.

É uma historia baseada em fatos reais, mas que facilmente poderia cair no clichê de qualquer outro filme de guerra do pós 11 de setembro. Facilmente me irritou no começo aquele excesso de patriotismo, mas então percebi que o foco do filme era tão Chris Kyle que se tratava de seu patriotismo.
Gostei MUITO de assistir. Achei que ia ficar enjoada com aquela doentia mania americana de achar que o patriotismo louco e exacerbado deles é a coisa mais linda de ver, porque não é. Mas não teve isso. Teve riqueza de detalhes, o silêncio, a tensão que vive o atirador de elite.
Exibe um pouco o outro lado, o do país invadido, onde crianças, homens e mulheres acabam envolvidos em uma guerra que não é deles, e nem em nome do seu Deus.

Preciso dizer que o Bradley Cooper me surpreendeu. Eu não conheci o Chris mas acredito que ele interpretou muito bem o papel, me fascinou ver o trabalho e a dedicação do ator em representar aquele herói (para as pessoas que ele conheceu e para o que ele acreditava) não só no físico que ele teve que alcançar para parecer com o rapaz (18 quilos a mais e muito treino), mas com toda uma interpretação que poderia ser facilmente clichê e não foi.

Outro detalhe que me lembrei...não tem aquele corre corre nas filmagens, como outros filmes do tema. Tem minúcia, espera, trabalho. Cenas fortes sem exibir violência e cenas de atos cruéis sem mostrar crueldade.


The Sunset Limited

Acabei de assistir e sinceramente gosto de filmes que me fazem pensar (como se eu já não fizesse isso o suficiente). O fato é que gosto de como um negro e um branco foram colocados em cena, conversando sobre Deus e suas crenças e discrenças.

Temo que a realidade seja como a colocada pelo White (Jones) uma forma fria e cruel que demos ao mundo em que vivemos, e que isso nos torne discrente. Não sinto as coisas dessa maneira, de qualquer forma. O Black (Jackson) se deixa abater pelas palavras dele, e me parece que os ateus conseguem ser mais convincentes que os "crentes" (por assim dizer).

É como se a razão não existisse na religião, e do meu ponto de vista foi isso que consegui inferir desse filme. Simples e fantástico dentro de alguns metros quadrados e poucos 90 minutos que me renderiam mais curiosidade e me deixariam cada vez mais interessada se durassem mais.

Quero mais o.o