Inspiração: Livro - Presos que menstruam (Nana Queiroz)


Eu começo a entender um pouco do assunto dos direitos humanos para os presos.
E vale ressaltar aqui que não quero gerar qualquer polêmica ou debate que venha a ferir seus valores morais ou pessoais. Apenas devo expressar um pouco do meu aprendizado, com os trabalhos que venho corrigindo e ajudando a construir ao longo desses últimos 3 anos.

Já li muito sobre educação em presídios e aquilo me fez mudar muitas coisas dentro de mim. Depois me veio assuntos sobre as crianças e jovens e como elas são aliciadas por adultos e treinadas a cometer crimes porque, caso seja pego, não se trata de uma pena equivalente a de um adulto. Portanto, aprendi que não adianta reduzir a maioridade penal, o problema são os adultos e não as crianças.

Agora começo a ler um trabalho de excelência. Uma advogada em sua dissertação de mestrado que fala sobre a maternidade no cárcere. Você já parou pra pensar nisso? Se não, leia os relatos que a Nana Queiroz (jornalista que lançou a campanha "Eu não mereço ser estuprada") traz em seu livro Presos que menstruam (clique pra conhecer) e terá um mínimo de entendimento sobre o assunto, como eu. Minha aluna está me comovendo com seu trabalho, voltado para o âmbito jurídico, mas totalmente humanizado.

Sabemos que MUITOS presos cometem delitos desumanos, e a punição para essas pessoas é a reclusão. Mas o ambiente carcerário é bastante hostil, e torna essas pessoas ainda mais desumanas. Os relatos dessas mulheres, no livro da Nana, são bastante emocionantes. É enxergar a humanidade nelas, que são as pessoas teoricamente mais hostis, por isso estão presas, recebendo o tratamento mais desumano, mais cruel que se pode dar a qualquer indivíduo.

Acredito que essas mulheres poderiam ser mais bem cuidadas e ter seus filhos junto a elas conforme determina a lei (seis meses de amamentação), além de ser mantidas creches nessas instituições. Existe coisa que humaniza mais o ser humano do que cuidar de um ser indefeso? Os agentes penitenciários, se tivessem mais auxílio do governo, poderiam compreender que isso é um direito não só da mãe, mas da CRIANÇA, e ambos estão sendo punidos em dobro ou triplo, desnecessariamente.

Além disso, o governo precisa manter um olhar sobre isso, porque a ideia de manter alguém recluso, é exatamente a ressocialização! Vamos contribuir mais para isso e não para criar monstros ainda mais violentos.

:*
Um beijo e um abraço pra você!
Inspire!

3 comentários:

  1. Oi Bárbara, eu tenho uma amiga advogada que trabalha com direitos humanos e já fez alguns trabalhos de conscientização sobre a população carcerária, em especial, as mulheres presas. É um tema difícil, especialmente porque as pessoas têm muito preconceito com essas mulheres ~ e a maioria acha que elas não deveriam ter direito a nada, justamente porque estão presas (e teoricamente, teriam feito algo de errado para a sociedade). O livro da Nana me pareceu ser um trabalho incrível para quebrar esses paradigmas, adorei a indicação!

    http://naomemandeflores.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que tem essa percepção, Camila!
      E que ótimo que gostou da indicação!
      :*

      Excluir
  2. Olá,Barbara!
    Belo post! Independente do delito que a pessoa tenha cometido, antes de tudo ela é um ser humano como nós.
    Big beijos
    Lulu on the sky

    ResponderExcluir

Pode dar sua opinião sincera aqui ^^