
Não sei se essa notícia chegou ao conhecimento de vocês. Mas fiquei muito feliz ao abrir meu email e ler a mensagem encaminhada por minha sogra. Essa semana passou no jornal estadual (BaTv), então tive a confirmação.
A Deputada Estadual (PT) Luiza Maia (Camaçari), criou o PROJETO DE LEI Nº19.203/2011, que:
Dispõe sobre a proibição do uso de recursos públicos para contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento.
Ela justifica:
[...]A música é uma manifestação cultural importantíssima. É a arte de exprimir sentimentos e transmitir mensagens através de sons.[...]Por isso, é mister atentar para os conteúdos ofensivos de alguns dos hits do momento, especialmente no que se refere ao reducionismo e desqualificação do ser feminino. Em algumas composições, a mulher é tratada como objeto sexual, como se fosse abreviada apenas a peito, bunda e genitália.
[...] Como pode o Estado, que inegavelmente deve funcionar como agente indutor das manifestações culturais, investir dinheiro público na contratação de artistas que, de uma forma ou de outra, subjuga o ser feminino? Ora, o papel do Poder Público não é o de agir para eliminar quaisquer formas de preconceito e discriminação? Mas, revertendo fatias do erário para o pagamento de cachês a grupos que reduzem a mulher a um “pedaço de carne”, o governo não está reforçando e fomentando o preconceito?[...]
Luiza Maia tomou uma atitude que mulheres como eu, pedem há muito tempo. Ela não proibiu que ninguém escute, dance, cante ou crie essas canções (o que não seria má idéia pra mim). Apenas quer proibir que o governo contrate bandas que destratem a figura feminina, incentivando cada vez mais essa prática de aculturação, com o meu dinheiro e com o seu.
Na TV, uma senhora perguntou?
"E o que nós vamos dançar?"
Eu entendi que se tratava de uma componente dessa massa, da cultura de massa, e tentei não julgá-la pela ignorância que o governo colaborou a criar nela. Mas posso responder que ela precisa interpretar que ela pode continuar tomando "tapa na cara", "mexendo", "sentando e levantando", além de ser chamada de "cachorra"
e ficar "toda enfiada"
à vontade.
NINGUÉM VAI IMPEDÍ-LA MINHA SENHORA!
O que pretende-se com essa Lei é apenas que o poder público que tem o dever de proteger meu direito de ser vista como um ser humano, apenas comece a agir assim e pare de massificar as pessoas com menor acesso à cultura de qualidade, para ganhar votos.
Obrigada Luiza. E eu apóio o Projeto de Lei Nº19.203/2011.
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